Este coiso aborda essencialmente nada em especial. É rigorosamente imprevisível. Inclui diversas referências ao nicles absoluto e contém níveis elevados de parvoíce. Em dias bons pode encontrar por aqui alguns textos medianamente interessantes sobre cinema, televisão, cultura popular e marketing.
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domingo, 7 de novembro de 2010
Fui ver "A Rede Social" e...
Jovens adolescentes, lá por serem utilizadores do Facebook, isso não significa que gostem deste filme. Aliás, aconselho que evitem ver "A Rede Social". O mais certo é que achem uma enorme seca. Ao fim de meia hora, vão estar a falar uns com os outros em voz alta. Isso é chato porque irrita o resto da plateia. Se não se calarem é mesmo possível que alguém vos pregue um banano nos facies oleosos e repletos de borbulhas.
Dito isto... desta vez Fincher fez um filme fácil. Demasiado fácil. O ritmo é elevado, as duas horas passam num tirinho e a história é surpreendentemente simples. Demasiado simples. Como dizem lá pelas Américas: é um "no brainer".
Ficamos com um conhecimento razoável do processo de nascimento do Facebook - diz quem sabe que as coisas não se passaram exactamente como reza o filme - e não ficamos a saber mais nada.
As personagens têm a espessura de uma folhinha de papel e não suscitam qualquer tipo de emoção.
A cena de abertura ainda promete um filme inteligente. Infelizmente, o que se segue é apenas uma montagem da cavalgada imparável de Zuckerberg rumo ao sucesso. Falta sentimento, empatia, carisma.
Se calhar foi mesmo assim. Se calhar, a história do nascimento do Facebook não é suficientemente interessante. Não passa do caso banal: um tipo tem uma ideia, coloca-a em prática na altura certa e ganha um bilião de dólares enquanto que se zanga com uma data de gente.
Apesar disso, está longe de ser um mau filme. Se já não usam Clearasil, devem ir vê-lo. "A Rede Social" pode sofrer de excesso de banalidade, mas vê-se com prazer. Não é pouco, fica bem acima de montanhas de outros títulos que estreiam semanalmente. Apesar disso, saímos da sala com a boca a saber a... nada.
P.S.
Não pude deixar de sorrir ao pensar que David Fincher talvez ainda sinta o trauma das primeiras reacções a "Zodiac", há uns anos. Na altura, falou-se do ritmo lento e mastigado de um filme que sofreu bastante na sala de montagem, com várias tentativas para o tornar mais agradável para o espectador. Nem oito, nem oitenta Mr. Fincher.