Algo não joga bem nestas duas notícias, ou sou eu que vejo mal?
Martim Avillez Figueiredo, fundador do i e ex-director do Diário Económico, vai assumir funções de coordenação editorial da Impresa Publishing, acumulando com a área de novos negócios das publicações.
A informação foi confirmada à agência Lusa por fonte do grupo de media que detém títulos como o Expresso ou a Visão. "Com a reestruturação prevista para a área digital, o CEO da Impresa Publishing vai acumular funções que até agora não exercia", indicou fonte oficial da Impresa Publishing.
Martim Avillez Figueiredo reportará directamente ao CEO da Impresa Publishing, José Carlos Lourenço, o qual, por seu lado, assumirá pessoalmente o pelouro das receitas da empresa. Além da área de Avillez Figueiredo haverá outras três áreas do núcleo de publishing do grupo, entre as quais a produção, sob direção de José Carlos Lourenço.
"Para fazer a ligação com os responsáveis das publicações da Impresa Publishing, Martim Avillez Figueiredo passará a ter um conjunto de competências delegadas pelo CEO da Impresa Publishing, José Carlos Lourenço, relacionadas com a gestão quotidiana dos títulos", precisou a fonte.
Os planos de reestruturação interna abertos recentemente pela Impresa levaram à rescisão amigável de 40 trabalhadores, indica nota enviada pelo presidente do grupo aos trabalhadores e a que a agência Lusa teve acesso.
"Os objectivos globais definidos foram atingidos, tendo a Impresa chegado a acordo com um total de 40 trabalhadores", diz o texto escrito por Francisco Pinto Balsemão.
O número advém do processo de rescisões amigáveis aberto em Maio na SIC e também de iniciativas semelhantes na Impresa Publishing, como uma vericada no Expresso em finais de 2010.
Na missiva é dito que "para evitar levar mais longe este processo", os membros da comissão executiva e da administração da Impresa "decidiram propor à comissão de vencimentos" da empresa "a redução voluntária, em 10 por cento, dos seus vencimentos brutos", entre Setembro de 2011 e Dezembro de 2012.
Esta medida tinha já sido adoptada no passado e "dado o agravamento da crise económica torna-se, por maioria de razão, imperativo repeti-la".
Os trabalhadores que aufiram salários acima dos cinco mil euros "são convidados a aderir a esta iniciativa", contribuindo "para reduzir os custos com pessoal no grupo", diz o texto endereçado aos quadros da Impresa.