quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

JP2 - Santo, extremista ou lelé da cuca? (ou como é difícil convencer a malta de que alguém é realmente santo)

A notícia de que Carol Wjoytila tinha por hábito auto-flagelar-se e dormir no chão veio despertar uma série de opiniões, nem todas sensatas, na maior parte assim a puxar para o tolinho, acerca do Papa JP2.

Vamos por partes: há grandes diferenças entre umas chibatadas no lombo e andar por aí a explodir coisas. Honestamente, tenho preferência por quem só arreia em si próprio e não chateia os outros.

Depois, também é uma parvoíce pegada pensar que JP2 foi um santo. Um politico hábil e um grande comunicador? You betcha! Um tipo pragmático, com objectivos bem definidos? Oh yes baby!

Fez milagres e o caraças? É o grande responsável pela queda do comunismo com um mambo jambo qualquer? Naaaah...

O problema para o lado da igreja é que, hoje em dia, é bem mais difícil criar santos do que, vamos, na Idade Média. Nessa altura, um tipo dizia que fulano era assim muito boa pessoa, assim tipo santo mesmo e o pessoal não tinha como confirmar. As notícias corriam muito lentamente e, sejamos honestos, a maioria tinha o QI de uma ameijoa porque comia malzito e passava o tempo na faina. Ou seja, era muito dado à crendice.

Hoje, um padreco qualquer proclama: "Ai que fulano é tão bonzinho, tão bonzinho que até merece ser santo!" E há logo um gajo no Twitter que diz: "Pffff...pois! Conheci esse gajo quando era puto e andava aos pássaros com uma fisga!"

Ouch!

Matar criaturas de Deus não dá pontos nos processos de beatificação...