Têm sido muitas as conversas e opiniões de técnicos, dirigentes, atletas e tipos armados aos cucos (moi meme!). Aqui ficam alguns desses momentos:
Marco Fortes a dizer que de manhã é na caminha.
Marco Fortes a dizer que de manhã é na caminha.
A conferência de imprensa de Francis Obikwelu e a história sobre a possibilidade de ele ganhar uma medalha nos 100 metros. Depois, a eliminação lógica nas meias-finais e o anúncio de final da carreira abandonando a participação nos 200 metros. Diga-se que, dadas as dificuldades do Francis na fase da partida, os 200 metros sempre foram a sua melhor prova. Não se compreende porque deixou de fazer esta prova.
Paulo Frischknecht, presidente da Federação Portuguesa de Natação (FPN), que considerou a presença dos portugueses na piscina de Beijing como a melhor dos últimos vinte anos e elogiou todos os atletas com excepção de um, Tiago Venâncio, o único que não fez o programa de preparação da FPN. Ou seja, o dirigente fez aquilo que é típico: saved his ass, auto-elogiou-se e cruxificou um atleta, como se os outros tivessem conseguido grandes feitos. Bater o record nacional é o mínimo que se pode exigir e houve mais gente além do Tiago que não o conseguiu.
O presidente do Comité Olímpico Português (COP), Vicente Moura teve uma atitude semelhante. Fez um pedido vago e a tresandar a lugar comum - "brio e profissionalismo", como se isso fosse algo passível de incutir por decreto. E claro, saved his ass dizendo que o COI preparou toda a gente muito bem a nível desportivo mas não é responsável por lhes dar cultura.
Por cultura deve entender-se, entre outras coisas, a preparação para lidar com a comunicação social, papel, sei lá, de um assessor de imprensa, ou um relações públicas? Ah não, espera...em Portugal por relações públicas entende-se o gajo ou a gaja que conhece muitos VIP's e organiza uns eventos e assim. E o assessor de imprensa só fala com a imprensa. É malta que não suja as mãos a formar pessoas.
Entretanto, com um timing fantástico - não deve ler as notícias - a Vânia Silva, do lançamento do martelo, que também não fez nada de jeito na sua prova, sai-se com outra tirada de mestre dizendo que não é lá muito dada a este tipo de competições.
Finalmente, a Vanessa Fernandes, com a razão que lhe dá a sua medalha de prata e tudo o que já ganhou para trás, tem a única intervenção decente e clara no meio disto tudo e diz que poucos sabem o que é a alta competição.
Quanto a Vicente Moura diz que não comenta.
Sejamos então claros como a Vanessa, porque isto na realidade é muito simples.
As expectativas nacionais neste momento são semelhantes às que tínhamos no início. Se ressalvarmos o desastre do judo, mais ninguém falhou medalhas. A malta do tiro tradicionalmente chega aos JO e falha (a excepção foi o Armando Marques), portanto dali não se esperava grande coisa.
Restavam então:
Paulo Frischknecht, presidente da Federação Portuguesa de Natação (FPN), que considerou a presença dos portugueses na piscina de Beijing como a melhor dos últimos vinte anos e elogiou todos os atletas com excepção de um, Tiago Venâncio, o único que não fez o programa de preparação da FPN. Ou seja, o dirigente fez aquilo que é típico: saved his ass, auto-elogiou-se e cruxificou um atleta, como se os outros tivessem conseguido grandes feitos. Bater o record nacional é o mínimo que se pode exigir e houve mais gente além do Tiago que não o conseguiu.
O presidente do Comité Olímpico Português (COP), Vicente Moura teve uma atitude semelhante. Fez um pedido vago e a tresandar a lugar comum - "brio e profissionalismo", como se isso fosse algo passível de incutir por decreto. E claro, saved his ass dizendo que o COI preparou toda a gente muito bem a nível desportivo mas não é responsável por lhes dar cultura.
Por cultura deve entender-se, entre outras coisas, a preparação para lidar com a comunicação social, papel, sei lá, de um assessor de imprensa, ou um relações públicas? Ah não, espera...em Portugal por relações públicas entende-se o gajo ou a gaja que conhece muitos VIP's e organiza uns eventos e assim. E o assessor de imprensa só fala com a imprensa. É malta que não suja as mãos a formar pessoas.
Entretanto, com um timing fantástico - não deve ler as notícias - a Vânia Silva, do lançamento do martelo, que também não fez nada de jeito na sua prova, sai-se com outra tirada de mestre dizendo que não é lá muito dada a este tipo de competições.
Finalmente, a Vanessa Fernandes, com a razão que lhe dá a sua medalha de prata e tudo o que já ganhou para trás, tem a única intervenção decente e clara no meio disto tudo e diz que poucos sabem o que é a alta competição.
Quanto a Vicente Moura diz que não comenta.
Sejamos então claros como a Vanessa, porque isto na realidade é muito simples.
As expectativas nacionais neste momento são semelhantes às que tínhamos no início. Se ressalvarmos o desastre do judo, mais ninguém falhou medalhas. A malta do tiro tradicionalmente chega aos JO e falha (a excepção foi o Armando Marques), portanto dali não se esperava grande coisa.
Restavam então:
- Vanessa Fernandes - expectativas Ouro ou Prata - obteve Prata
- Naide Gomes - expectativas Ouro, Prata ou Bronze - falhou na qualificação
- Nélson Évora - expectativas Prata ou Bronze - obteve Ouro
- Um dos moços da vela - Bronze ou, com muita superação, Prata - não obtiveram medalhas
Se entretanto aparecer alguma coisa, da canoagem ou do Tae-Kwon-Do, vão meter uma velinha à nossa senhora de Fátima.
Dos restantes esperava-se superação ao nível de resultados, recordes nacionais, máximos pessoais ou simplesmente que terminassem as suas provas. Aqui, houve muita gente a falhar.