Deixei os sorvetes trocados por dinares em cima de um cemitério índio algures, longe das tíbias e dos perónios.
Soletrei tabuletas que indicavam restaurantes fechados e ventos cruzados que nos secavam a boca e dinamitavam os olhos.
Vi, de revés, uma folha seca de papel timbrado com um memorando sobre a tristeza.
Chorei o que tinha a chorar à sombra de um cacto apodrecido e continuei a sujar os sapatos na poeira fina do caminho.
Tive saudades dos girassois e das massarocas, das danças regionais em trajes coloridos. Senti muito a falta de um cachecol às riscas.
Aqui, o tempo não passa. Nunca esteve por estes lados.
Aqui, nunca ninguém esteve atrasado ou perdeu um comboio ou uma camioneta.
Aqui, podemos sentar-nos e cantarolar uma canção sem parar durante dias.
Uma canção que diz:
Não temos tempo
Não temos tempo
O nosso tempo fugiu
Faz muito, muito tempo
Não temos tempo
Não temos tempo
O nosso tempo fugiu
Faz muito, muito tempo
Não temos tempo
Não temos tempo
O nosso tempo fugiu
Faz muito, muito tempo
Este coiso aborda essencialmente nada em especial. É rigorosamente imprevisível. Inclui diversas referências ao nicles absoluto e contém níveis elevados de parvoíce. Em dias bons pode encontrar por aqui alguns textos medianamente interessantes sobre cinema, televisão, cultura popular e marketing.
Temas
cinema
(267)
parvoíces
(187)
internet
(169)
jornalismo
(117)
piadolas
(113)
televisão
(102)
sociedade
(96)
política
(89)
marketing e publicidade
(83)
música
(64)
notícias
(60)
portugal
(57)
desporto
(48)
economia
(46)
internacional
(28)
história
(25)
coisas artísticas
(20)
tecnologia
(16)
dilbert
(15)
livros
(15)
comida
(7)
coisas científicas
(1)