segunda-feira, 30 de maio de 2011

Leitura recomendadas (30.Mai.11) - Reflexos da crise em Hollywood - As estrelas e a publicidade

Ainda há poucas semanas comentava isto com alguém: nunca, como agora, se viu tanta estrela de Hollywood a fazer publicidade. Nos anos 90 e até já bem dentro do novo milénio, ninguém queria ouvir falar de dar a cara por uma marca.

A palavra "endorsement" era quase um palavrão dito entre dentes. Os publicists dos talentos agiam com rapidez e violência contra qualquer indício de que o seu estimado cliente pudesse estar associado, mesmo que remotamente, com uma marca ou produto.

Hoje, as coisas mudaram. Os custos de produção e marketing aumentaram e os proveitos têm vindo a diminuir. Deixámos de ouvir falar em salários de 20 milhões de dólares por filme. A verdade é que, cada vez menos, um filme é vendido pelos actores. Clooney, Roberts, Hanks, Cage, Johansson, Carrey, todos têm uma série de fracassos de bilheteira para atestar este facto.

Os publicists continuam a vigiar o planeta em busca de imagens que possam prejudicar os actores, mas apenas para garantir a integridade dos contractos assinados. Clooney é o homem da Nespresso, Julia Roberts dá a cara pela Lancôme, etc., etc.

Privadas de uma fonte de rendimento, as estrelas viram-se para outros lados.

Bem a propósito, recomendo a leitura deste artigo que aborda não só a tendência para o uso de actores de Hollywood na publicidade, mas também as incongruências e disparates que os rodeiam. O tom é, por vezes,exagerado, mas contém informação interessante e dá uma ideia bastante precisa do que se passa:

Greedy Celebs Could Impact the Entire Entertainment Business