Ainda no site da Atlantic. Um artigo que fala de uma teoria acerca do novo-riquismo.
Diz o artigo que a tendência para o novo-riquismo é tanto maior quanto a diferença de rendimentos dentro do grupo. O exemplo dado é o dos negros norte-americanos (se você se ofende com termos que não sejam politicamente correctos, então imagine que leu afro-americanos Se é um racista ou um retornado imagine que leu pretos. Toda a gente satisfeita? Então vamos continuar...).
Dois economistas da Universidade da Pensilvânia estudaram este assunto e observaram um padrão de consumo diferente entre familias de diferentes etnias mas com os mesmos rendimentos, dimensão do agregado, etc.
Os negros e os latinos gastavam uma maior percentagem do seu rendimento em jóias, (bling) carros, artigos pessoais e roupa (artigos visíveis) do que os seus equivalentes branquinhos da silva.
Aos que já se preparam para brandir a bandeira do preconceito e do racismo, dedico a conclusão de que este comportamento não depende da etnia. É simplesmente um padrão temporário que se desenvolve em alturas de passagem de uma situação económica menos favorável para um estilo de vida desafogado. É visível na China ou na Rússia por exemplo.
Aconselho a leitura do artigo. Muito do que lá vem é apenas a sistematização de algo que é mais ou menos senso-comum para muitas pessoas. Mas sistematizar é bom. Faz bem ao cérebro.
PS: Ontem estive a ver o "American Gangster". Tem bons exemplos do que é esta cultura do bling-bling.