quinta-feira, 17 de março de 2011

Ainda sobre o investimento publicitário em televisão

Entrevista de Miguel Osório, administrador da Sonae MC com o pelouro do Marketing. Na Briefing:

Fragmentação do cabo dificulta gestão do investimento


É uma boa entrevista, leiam o texto completo.

A mim interessa-me a parte em que se fala do investimento publicitário. Sobretudo as três ideias que se seguem.

O administrador da Sonae diz, a certo ponto:
"...para nós, o cartão Continente é um dos principais concorrentes à televisão generalista..."

"Em Portugal a televisão generalista ainda tem um peso muito grande. Os canais de cabo têm uma fragmentação que obriga as marcas a serem muito intensivas, o que muitas vezes torna difícil a gestão do investimento com o cuidado e detalhe necessários..."
Mais à frente acrescenta, ainda sobre a tv generalista:
 "Hoje, como há muito ruído isso obriga as grandes marcas a fazer cada vez mais barulho...
Permito-me acrescentar o seguinte:

O Continente justifica plenamente um investimento forte na televisão generalista ao contrário de muitos outros anunciantes.

A fragmentação do cabo é um problema. Obriga a uma grande mancha em vários canais. No entanto, também é verdade que o custo em relação à generalista é bastante mais baixo e a saturação ainda é reduzida. É o ideal para um grande leque de produtos, porque permite segmentar a comunicação mais eficazmente a menor custo. A maioria dos anunciantes não precisa de impactar 5 milhões de consumidores. Alguns continuam a não saber disso.

Voltamos a repetir: Nem sequer é preciso aumentar tabelas, basta acabar com a política de descontos. O objectivo final será ter menos clientes a maior preço. Breaks com menor saturação, maior eficácia. Clientes de menor dimensão para o cabo, a rádio, a imprensa ou a internet. Toda a gente fica feliz.

Vá, perguntem-me lá se também acredito na Fada dos Dentes e no Pai Natal...