quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Por que razão não gostam de nós?

Há quem desvalorize ou reduza estas reacções a ímpetos imaturos ou derivas anarquistas.

Pensam mal e pensam na direcção errada.

Que tal mudarem para: Por que razão existe um ódio tão grande às grandes corporações?

É merecido ou apenas uma grande injustiça, fruto da estupidez humana?

A que se deve esta onda de alegria popular cada vez que o site de uma companhia de cartões de crédito é atacado por hackers ou sempre que um piano cai com estrondo em cima de um banqueiro?

Não passam de manifestações da populaça rude, inculta e manipulável?

É nesta altura que dá um certo gozo pegar na pázinha e desenterrar o passado.

Assim de repente, as perturbações do presente lembram a incapacidade que a malta do Antigo Regime teve em interpretar os sinais de crise que vinham do exterior. Uma série de protestos e transformações que - relembro - acabaram com cabeças coroadas passadas pela guilhotina e mais uma série de excessos.

Como sempre, naquela altura como agora, um sério problema de comunicação.