domingo, 10 de outubro de 2010

Ai que bom, o próximo "Harry Potter" já não vai ter versão em 3D

 "Tridimensius Adaptatus!" - Oh bolas, falhou. É melhor não inventar e manter isto em 2D.

Isso é bom? É, pois!

Porquê? Fácil. A Warner Bros. olhou para o resultado da adaptação para 3D do original, em 2D, e achou fraquinho.

Ao contrário do que aconteceu com "Confronto de Titãs" achou prudente recuar e desistir da versão em três dimensões para a primeira parte dos "Deathly Hollows" (o último livro foi dividido em duas longas metragens).

Esta sábia decisão tem duas vantagens: 
  • Evita outro enxovalho como o sofrido aquando do lançamento dos "Titãs".
  • Não crava outro prego no caixão do 3D Digital. 

Apresentada como a melhor coisa na vida desde o gelado de caramelo, a nova tecnologia sofreu golpes sucessivos após o êxito de "Avatar".

Os filmes seguintes falharam na obtenção do mesmo efeito "aaah!". Os espectadores recusaram aceitar algo menos que deslumbramento após a extorsão de uns euros adicionais com promessas de um admirável mundo novo repleto de coisas lindas e brilhantes.

"Alice no País das Maravilhas" ainda escapou. Tim Burton é suficientemente bom para fazer esquecer uma adaptação 3D que não acrescentava nada ao filme.

A ânsia de dinheiro rápido tramou a Warner Bros. Quando "Choque de Titãs" - outro título filmado de forma tradicional e transportado para 3D - fez toda a gente tomar consciência da treta que lhes estavam a vender, logo surgiu uma vaga de artigos na imprensa a anunciar o apocalipse.

O lançamento de vários filmes de terror e longas metragens de animação de segunda classe em 3D depressa encaminhou a reputação da nova tecnologia para a sarjeta.

O problema é que há muito dinheiro investido na reconversão de salas e os preços premium ajudam a atenuar as quedas nas receitas do entretenimento doméstico (DVDs e similares), a tradicional vaca leiteira da indústria.

Por isso, exige-se prudência. Outro passo em falso e a malta é capaz de perder a fé de uma vez por todas.