Um dos problemas da Grande Nação Betola é a falta de vontade para admitir que se pode discutir o liberalismo económico, o mercado livre e o capitalismo sem ser um comuna infecto. Por norma, já estão a apontar o dedo quando se começa a frase "Bom dia, vamos discutir o capit...". É chato porque impede o diálogo. É parvo, porque parecem o Bernardino Soares quando se fala da Coreia do Norte. Lá no fundo, sabem que aquilo está mal, mas não querem admiti-lo com medo de perder a face, a honra e sabe-se lá que mais.
Dito isto, aqui fica um conselho de leitura e alguns conceitos chave que a Grande Nação Betola devia aprender.
As grandes empresas têm como objectivo a obtenção de lucro para os accionistas e não a criação de riqueza para a sociedade.
O que é bom para as grandes empresas não é necessariamente bom para a sociedade e vice-versa.
As grandes empresas são organizações ineficientes, que desperdiçam riqueza por todos os lados.
Os executivos dessas empresas não são necessariamente os melhores gestores ou pessoas de inteligência superior, imunes ao erro. Muitas vezes, estão presos numa bolha, longe da realidade e rodeados de lambe botas.
As grandes empresas têm tanta capacidade de reacção e inovação como um guarda-fato.
As empresas necessitam de regulação. Essa regulação compete ao Estado.
O resto é conversa de chacha.
A ler:
The Private Sector Fallacy
Este coiso aborda essencialmente nada em especial. É rigorosamente imprevisível. Inclui diversas referências ao nicles absoluto e contém níveis elevados de parvoíce. Em dias bons pode encontrar por aqui alguns textos medianamente interessantes sobre cinema, televisão, cultura popular e marketing.
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