Este coiso aborda essencialmente nada em especial. É rigorosamente imprevisível. Inclui diversas referências ao nicles absoluto e contém níveis elevados de parvoíce. Em dias bons pode encontrar por aqui alguns textos medianamente interessantes sobre cinema, televisão, cultura popular e marketing.
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domingo, 25 de janeiro de 2009
O fim das marcas
Já há muitos anos que se anuncia o fim das marcas.
O poder de negociação das grandes empresas de distribuição tem vindo a esmagar margens e a aumentar o número de exigências a quem quer estar presente nos lineares.
O que deveria ser um local que, pela sua dimensão, permitiria maior escolha pelo número de referências presentes, torna-se progressivamente uma entidade que orienta o consumo numa ou outra direcção.
Claro que existe uma face positiva para isto. Os produtos próprios são tendencialmente mais baratos e, na maior parte dos casos, produzidos pelos mesmos que por outra via se vêem afastados das prateleiras.
Também podemos imaginar um lado negro para tudo isto. Se o poder balança todo para um lado - distribuição - isso pode colocar em risco não só as marcas mas também o consumidor. Após eliminar as alternativas, a grande distribuição pode começar a manipular os preços em seu favor.
As marcas são mais caras não só porque os custos de marketing são incluídos no preço final mas também porque são obrigadas a pagar tudo: para estarem presentes, mais visíveis, para terem a reposição adequada, etc. etc.
Estarão por isso as marcas destinadas a serem apenas produtoras? Terá a marca, símbolo de distinção entre produtos, passado à história? Poderão as grandes superfícies segmentar apenas através de linhas de produto, códigos de cores, designações diferentes ou tipologia de lojas?
Tudo isto a propósito deste artigo.