quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Ainda os efeitos da medalha de ouro


Se eu fosse um daqueles tipos que têm blogues e ficam todos inchados quando conseguem bater os jornais, agora estava assim tipo peixe-balão. Fica aqui, apenas como piada, o facto de no Público também terem feito a referência óbvia à passagem do 8 para o 80 em termos da participação portuguesa nos JO.

O COP estabeleceu objectivos que passavam pelos 60 pontos (contabilizando para isso classificações entre o primeiro e o oitavo lugar). No final - salvo alguma surpresa - não ultrapassaremos os 20 pontos. Um terço.

Por muito que choque os adeptos do olimpismo puro - seja lá isso o que for - é uma boa maneira de trabalhar porque permite avaliar objectivamente os resultados. Infelizmente, por cá o pessoal é alérgico a estes métodos. Dão muito menos possibilidades de inventar desculpas e de atirar a batata quente para terceiros.

O problema não foi a falha da Naide. Não será, também, a vitória do Nelson - que, repito, foi excelente - que de repente fará desaparecer os problemas.

A parte negativa está a outro nível, nas marcas que não apareceram, nas baixas de forma que não deveriam acontecer nesta altura - isso programa-se e trabalha-se - nos disparates que se foram dizendo. É isso que as medalhas do Nelson e da Vanessa vão ajudar a esconder.

Ou então, podemos assumir que não ligamos nada a isto dos triunfos e das subidas ao podium, que queremos é que não nos chateiem e que os outros países todos são uns fuções a tentarem ganhar medalhas feitos parvos, só para provar que são mais melhores bons do que os vizinhos.