Aparecem em todos os meios de comunicação social mas foi na televisão que ganharam notoriedade: esses seres que aparecem em todo o lado e que se chamam " os populares".
Basta haver um posto médico encerrado ou uma retrosaria que mude de ramo para que "os populares" se reúnam para protestar.
Ou então, um piano de cauda cai em cima de um tipo em Fernão Ferro e lá se forma um "ajuntamento de populares" para ver o que se passou. Mas atenção, um "popular", só se torna realmente num "popular" a partir do momento em que chega o primeiro jornalista. Antes disso são apenas um grupo de gajos a matar tempo.
Adoram as equipas de televisão mas também ficam contentes com um repórter de rádio, o que é importante é que haja um microfone para onde destilar o que lhes vai na alma.
Adoram as equipas de televisão mas também ficam contentes com um repórter de rádio, o que é importante é que haja um microfone para onde destilar o que lhes vai na alma.
A progressão da carreira de um "popular" não é fácil, há muita gente à espreita de uma oportunidade e o país é chato e aborrecido, com poucos "acontecimentos dignos de registo". Aquilo que um "popular" mais quer na vida é ascender a "testemunha" ou, melhor ainda, "testemunha ocular".
