Luis Peixoto é polícia de trânsito amador há 3 anos. Desde criança sonhava perseguir os outros automobilistas e distribuir multas por todo o lado. Luis conhece o código da estrada desde tenra idade e não dá descanso aos infractores. Foi com este homem que hoje falámos:
P: Diga-me Senhor Luis, quando é que decidiu tornar-se Polícia de Trânsito Amador?
R: Olhe, eu desde miúdo que gostava de ver o trânsito e os carros, mas sempre me fizeram muita confusão as asneiradas dos condutores Portugueses.
P: E vai dai decidiu ser polícia...
R: Não. Primeiro tentei ser pianista, depois físico nuclear e por fim controlador de tráfego aéreo.
P: E porque razão não seguiu nenhuma dessas profissões.
R: Por falta de apoios. Sabe que eu não nasci numa família rica. Éramos 18 lá em casa...
P: Dezoito???
R: Sim. Eu o meu pai, a minha mãe, a minha avó, o meu avô os meus 5 irmãos e as sete ratazanas que por lá apareceram e acabaram por ficar. Afeiçoámo-nos aos bichos e foi como se passassem a ser família. Comiam à mesa com a gente e tudo.
P: Mas mesmo assim isso só faz 17...
R: Ah é? Pronto, então éramos 17...
P: Então mas conte-me lá como foram os seus primeiros passos como policia.
R: Bom, isto é fácil. Comprei um carrito em segunda mão, uma daquelas luzinhas azuis que rodam e uma sirene e pronto.
P: Os primeiros tempos devem ter sido duros não?
R: Ui, muito duros meu amigo. Como o carrito era fraco só conseguia mandar parar velhinhas, Fiats 600 e putos de bicicleta... Foram tempos muito duros. Ninguém me respeitava, mas felizmente, depois, consegui compor a minha vida e agora já tenho um Subaru todo artilhado, uma maravilha. Ainda o estou a pagar mas não me arrependo nada.
P: Então e como é que faz?
R: Bom, deixo-me ir na auto-estrada e tal, muito quietinho, na faixa da direita, assim nos 100-110 à hora e se passa algum acelera, vou logo atrás dele.
P: E depois?
R: Depois é luzinha de fora, megafone na boca, digo ao senhor automobilista para encostar e vou lá autuá-lo. Tenho um livrinho de multas muito jeitoso que mandei fazer numa gráfica em Samora Correia, para ter uma coisa como deve de ser para apresentar às pessoas, e pronto.
P: E carros mal estacionados? Também costuma andar à caça de carros mal estacionados?
R: Sabe, já me deixei disso. A concorrência é muita, ele é os polícias a sério, os homenzinhos vestidos de verde...é muita malta...a além disso é coisa que não dá muita luta. Eu gosto mesmo é de acção.
P: E qual é o próximo passo? Pretende desenvolver esta actividade de policia de trânsito amador?
R: Sim, sim....claro. Sabe, isto é um bichinho que se mete na gente. Até a minha família já anda quase toda metida nisto.
P: Ai sim?
R: Pois! Olhe, o meu cunhado Jacinto comprou um Smart e sempre que tá de folga anda pelos corredores do Bus a mandar sair os carros particulares que não têm nada que lá andar. A minha mulher e a minha sogra, aos fins de semana, costumam montar a sua mesinha de radar e entretém-se a apanhar tipos em excesso de velocidade.
P: É portanto uma família empenhada em fazer cumprir a lei.
R: É...gostamos disto, o que se há-de fazer?
P: Muito obrigado, Sr. Luis Peixoto pela sua colaboração.
R: De nada amigo, de nada...agora tenho de ir...já me viu aquele tipo no Fiat Punto? Devia ir para aí a uns 180! Adeusinho, amigo!!
Este coiso aborda essencialmente nada em especial. É rigorosamente imprevisível. Inclui diversas referências ao nicles absoluto e contém níveis elevados de parvoíce. Em dias bons pode encontrar por aqui alguns textos medianamente interessantes sobre cinema, televisão, cultura popular e marketing.
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