sexta-feira, 15 de julho de 2011

Os gestores e as referências negativas na Internet



Diz o Público, citando um estudo da agência de comunicação Imago-Llorente & Cuenca, que:

Maioria dos gestores portugueses associada a referências “negativas” no Google


E...? Registaram alguma ligação entre este facto e o desempenho da empresa? Com a cotação na bolsa? Com os lucros no final do ano? Com um aumento ou decréscimo nas vendas?

Lamento, não percebo.

Ou será que a probabilidade de ter referências negativas está apenas ligada  à exposição da respectiva empresa? Ou seja, o óbvio: a PT tem mais probabilidades de gerar referências negativas online do que a Simões & Simões - Serralharia e Renda de Bilros, Lda.

O estudo considera:
(...)“preocupante” o facto de 42 por cento dos empresários – executivos/ porta-vozes – estarem associados a três, quatro ou cinco referências negativas nos primeiros 20 resultados no Google, quando se procura pelo seu nome”.
Trinta e três por cento têm, pelo menos, um resultado negativo no Facebook.

Mais uma vez, como se relacionam estes factos com os resultados das empresas? Há relação? Ou resultam do risco decorrente da actividade?

Michael Bay também tem muitas referências negativas online - ó se tem - e os filmes dele fazem enxurradas de dinheiro. Quase sempre, para ter referências negativas online, basta existir e ter sucesso em alguma área. It's life, dudes!

Que alternativa propõe a Imago? Manipular os resultados de busca do Google para que os resultados positivos fabricados apareçam à frente e se sobreponham às referências negativas?

Quanto ao Facebook, aqui fica, mais uma vez, a pergunta: como monitorizam as referências em grupos fechados e perfis privados?

Interessante é, ainda, esta tirada:
(...)“especialmente preocupante”, diz o estudo, é o facto de um conjunto de seis por cento das empresas portuguesas ter entre sete a 12 referências negativas. Um cenário que o barómetro calcula poder dever-se à ausência oficial que a maioria das empresas portuguesas tem nesta rede social.
Uma das empresas mais vilipendiadas no universo digital português é a Zon. Que, por coincidência, também é das que tem maior presença online. Em que ficamos?


Acreditem, não é embirração. É seguramente ignorância da minha parte.