Vou traduzir a questão para linguagem de marqueteiro:
Qual destas marcas é mais top of mind nos dias que correm? O cinema ou as séries de televisão?
Regressando à terra: De que falam mais? Dos filmes que vêem ou das séries que acompanham com a devoção de uma mãe de Bragança?
Há uma passagem que condensa a ideia na perfeição:
(...)the traditional relationship between film and television has reversed, as American movies have become conservative and cautious, while scripted series, on both broadcast networks and cable, are often more daring, topical and willing to risk giving offense.
Os restantes parágrafos são, em bom inglês, inconsistent dribble, ou seja, disparates. Felizmente, antes disso, existe matéria que chega e sobra para dar que pensar.
Aproveito e lanço outra ideia, uma conjectura com pouco que a sustente, mas tenham paciência porque, na verdade, é uma rica conjectura:
A onda de criatividade e risco que surgiu na séries de televisão está a esmorecer.
Parece que a mesma clique que dá luz verde a projectos no cinema (não tenham ilusões, é exactamente o mesmo tipo de malta) descobriu o potencial económico das séries de televisão, não apenas pelas vendas a outras networks mundiais, mas também via home entertainment.
Consequência: As séries de televisão passaram a ser regidas pelos mesmos princípios do cinema - aversão ao risco, aposta em formatos testados, spin offs (uma espécie de versão televisiva das sequelas).
Hoje, existem menos "Sopranos", "Deadwood", "The Wire" ou "The Shield" e mais clones de "C.S.I.", "Law & Order" ou "E.R.".
O sucesso acabou por minar a qualidade das séries de televisão.
Os projectos mais interessantes dos últimos 3 anos surgiram em canais de menor dimensão como o "Showtime" ou o "AMC" e não das grandes networks como a ABC, a FOX ou mesmo a HBO (que, aparentemente, perdeu algum do espírito que lhe trouxe fama).
Aqui fica a ligação para o artigo:
Are Films Bad, or Is TV Just Better?