quarta-feira, 7 de julho de 2010

As pequenas desgraças da cultura

Não concordo com tudo o que o Daniel Oliveira escreve. É um alívio porque isto estava a começar a ficar esquisito.

Pontos interessantes:

  • O betola do costume a tentar reduzir tudo a uma guerra entre "nós" e "os outros" aplicando a mumificada repartição entre esquerda e direita. Ainda por cima, não tem sentido de humor e não percebeu a piada do título.

  • A chamada de atenção para os recursos sugados por organismos redundantes na manutenção da estrutura do próprio ministério.

  • Um terceiro ponto que lanço eu mesmo: As capelinhas. Os donos da cultura que se solidificaram no interior do sistema de apoios do estado como se fossem um cálculo renal. Muitos problemas passam por esta gente que impede o aparecimento de outros nomes e restringe a criatividade a cânones apertados. Algo que, muitas vezes, faz com que seja preciso mudar de país e ir para ambientes mais saudáveis.

  • Quarto ponto: Por muito que nos custe, o cinema português não tem mesmo projecção internacional fora dos círculos mais cinéfilos. A "New Yorker" não é uma revista que chegue a muita gente. É bom que o Oliveira ganhe prémios e que o Costa e o falecido César Monteiro apareçam em listas, mas continuam a ser conhecidos apenas por alguns, um nicho.

O artigo está aqui:

É a cultura, estúpido!