segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

O cheiro das reputações

Os chefões do BCP causam-me arrepios. A sombra da Opus Dei, os facies retirados dos moldes das estátuas de cera da Madame Toussaud e os poemas e quadros do Teixeira Pinto, têm em mim o mesmo efeito de uma corrente de ar à saída de um banho quente.

Com a natural sanha contra os banqueiros, classe de agiotas com roupa cara, cabecilhas da crise no mundo, é apenas natural que me tenha sorrido o dia ao ler a notícia sobre a investigação do Banco de Portugal ao gangue do Millenium.

Pressionado pelas notícias do encobrimento pela inércia do caso BPN, o vigilante normalmente mudo da banca tenta apresentar serviço, apesar de ninguém acreditar que algum dos figurões será condenado.

Mas é laxante ver os "bons nomes" destes fidalgos a deslizar na lama das off-shores e das compras de acções próprias.