terça-feira, 2 de setembro de 2008

Darwin e a web 2.0

Inevitável, previsível. Impossível que tantos sites da web 2.0 - a social, a da colaboração e dos conteúdos criados pelos utilizadores - pudesse conviver durante muito tempo. Quanto mais não seja por pura falta de tempo para estar em todo o lado.

O próprio fundamento da web 2.0 leva a que assim seja. Por mais fixe e interessante que seja um determinado site ou aplicação, só funciona com utilizadores, portanto, quanto maior o número de pessoas concentradas num local melhor. Ninguém gosta de ficar a falar sozinho.

Esta tendência leva a que os sites que conseguiram angariar uma base relevante de utilizadores cresçam, em prejuízo dos mais pequenos. Não apenas segundo o princípio de que ninguém gosta de falar sozinho mas também através de peer pressure: se os meus amigos estão lá, eu também tenho de estar.

Tudo isto a propósito do fim do Mash, o site que incorporava a rede social do Yahoo!. Os vencedores aqui são o My Space e o Facebook.

Além destes, provavelmente sobreviverão as redes sociais para nichos (a comunidade dos pescadores à linha ou a das pessoas que não conseguem dizer os érres) ou as que conseguiram implantar-se numa determinada região (como é o caso do Hi5 em Portugal).

De resto, iremos assistir ao lento adeus de muitas ideias e propostas desta onda a que se deu o nome de web 2.0. Uma onda que tarda em descobrir como rentabilizar o entusiasmo e a moda criados em seu redor. Uma onda que apresenta os primeiros sinais de esmorecimento.