quarta-feira, 16 de julho de 2008

Livro de reclamações (parte II)

Se bem se recordam há uns tempos fui ver o The Happening ao Alvaláxia e decidi reclamar porque a projecção estava má.

Hoje recebi uma carta da Inspecção Geral das Actividades Culturais, entidade competente para analisar este tipo de queixas.

Diz a senhora inspectora que assina a carta que analisaram a queixa e notificaram o exibidor que disse que se a projecção fosse feita como eu sugeri isso iria cortar as cabeças dos personagens pelo limite do ecrã. E pronto, assunto encerrado.

Portanto a IGAC aceita que se exiba um filme com os microfones a aparecer e não contesta as afirmações da entidade que foi objecto da queixa. O palerma do queixoso é que não sabe o que está a dizer.

Coloquemos isto por outras palavras. Se eu for a um restaurante e reclamar que me serviram comida estragada, a entidade competente irá perguntar se a comida estava mesmo estragada. O dono do restaurante poderá responder que não senhor, que estava tudo em perfeitas condições e a queixa é arquivada.

Parece-me bem. Ainda estou a pensar no que vou fazer a seguir. Por agora acho que se impõe uma bela gargalhada.