sexta-feira, 22 de julho de 2011

Globalizaquê?



Hoje é mais fácil comunicar com enormes massas de pessoas do que há 15 anos. Hurrah for the interwebes, pá. Infelizmente, também é fácil complicar e desprezar oportunidades ao manter vetustas regras que ganharam uma valente patine de ridículo.

Eis um exemplo aplicável a quase todos os conglomerados de media:

A Warner Bros. apresentou um primeiro olhar sobre o novo alinhamento da programação do canal The WB, no Comic-Con, em San Diego.

O Comic-Con tem impacto fora da América do Norte, logo, seria não apenas uma oportunidade local, mas também uma forma de amplificar mensagens globalmente durante estes quatro dias.

Algo que aconteça na Comic-Con é reproduzido não só pela media tradicional presente, mas também pelo público - gente que tem blogues e está em tudo o que é rede social. Oportunidade excelente para criar notoriedade e ter a atenção desses malandros distraídos que dão pelo nome de "público-alvo".

E enfatizo estes dois pontos:

a) Notoriedade global
b) Atenção global

Que faz a WB? Limita o acesso ao vídeo a utilizadores dentro dos EUA.

É fácil ultrapassar esta limitação pelo uso de proxies, mas muitos não sabem como e outros não se vão dar ao trabalho.

Bottom line: Oportunidade perdida por falta de adaptabilidade de mentalidades e regras corporativas.

Não é fácil mudar estas coisas. Este tipo de decisões tornam-se em processos complexos que envolvem produtores, realizadores, actores e executivos.

O mundo mudou, é vital tomar medidas práticas liberalizar o acesso à informação, adaptar contratos e a forma como se vendem conteúdos.

Não basta dizer que "vamos virar-nos para o internacional" e manter as mesmas estratégias de comunicação e marketing. 

Vejam lá se eu tenho de me chatear...