quinta-feira, 3 de março de 2011

O mundo alternativo do investimento publicitário em televisão

Este texto refere o problema no mercado norte-americano. Maior. Mais evoluído. Diferente em muitos aspectos. Igual noutros tantos aspectos.

Sobretudo no facto quintessencial de o investimento ser efectuado com base em números obtidos através de um método que, não só é altamente falível, como está mais longe da realidade do que um Muhammar Khadaffi a discursar para meia dúzia de apaniguados.

É assim que funciona o investimento publicitário. Num mundo de lendas em que ninguém arrisca duvidar porque isso faria ruir todo o sistema mais depressa do que uma cena do "Inception".

How much longer can TV networks operate within a broke, outmoded Nielsen system?

This is a bigger question than can really be discussed in a single paragraph in a gallery slideshow. But can we all just admit that much of the business of television is being controlled and built around a system of measurement that has almost nothing to do with the ways that people watch TV in 2011? Seeing networks make renewal/cancellation choices and watching advertisers make investments based on the current system is like imagining Unfrozen Caveman Lawyer dealing with TV. "Your DVRs and Hulus and OnDemands and Netflix streaming options frighten and confuse me. And how do those little people get in my box anyway? Are they men or are they demons? I'm just a caveman." Every year millions of dollars are tossed around on an outmoded system makes us wonder how much money there would be in coming up with a better statistical model and makes us marvel at how slow that process appears to be. Instead, networks just keep tossing around Nielsen numbers like they have meaning, which they do, but only because they're an even playing field that's broken the same way for everybody. Til then, we'll just be left to wonder if proper integration of new viewership matrices might have saved a "Party Down" or a "Terriers" or a "Rubicon." The answer? Probably not. But we don't know for sure... 

- Dan Fienberg
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Quanto tempo mais poderão os canais de televisão continuar a operar com um sistema Nielsen falido e ultrapassado?

A questão é profunda demais para poder ser discutida num único parágrafo numa galeria de imagens. Mas podemos admitir que a maior parte do negócio da televisão é construído e controlado em redor de um sistema de medição que pouco tem a ver com a forma como os consumidores vêem TV em 2011? Ver os canais tomar a decisão de renovar/cancelar programas e assistir ao investimento efectuado pelos anunciantes com base no sistema vigente é como imaginar o Unfrozen Caveman Lawyer* a trabalhar na televisão. "Os vossos DVRs, Hulus, OnDemands e os streamings da Netflix assustam-me e confundem-me. Como é que aquelas pessoas entram na caixa? São homens ou demónios? Sou apenas um homem-das-cavernas." Todos os anos, milhões de dólares são aplicados num sistema datado que nos faz reflectir sobre quanto seria preciso gastar para criar um modelo estatístico com mais qualidade e deslumbra-nos com com a lentidão do processo. Em vez disso, os canais continuam a analisar os números da Nielsen como se fizessem sentido. E fazem, mas apenas porque o jogo é igual para todos. Até ao dia em que tudo mudar com a integração das novas formas de consumo de televisão vamos continuar a pensar se teria sido possível salvar séries como "Party Down", "Terriers" ou "Rubicon". A resposta? Provavelmente, não. Mas não temos a certeza...
 - Dan Fienberg

* Unfrozen Caveman Lawyer é uma personagem que apareceu diversas vezes no "Saturday Night Life".