quinta-feira, 18 de setembro de 2008

A primeira página do Público de hoje (actualizado)

A manchete da edição impressa do Público de hoje fala de um estudo que mostrou alterações no consumo de media por parte dos jovens entre os 12 e os 18 anos.

Não li o estudo, nem sequer a notícia, mas o título acaba por ser a passagem para o mainstream da mudança de hábitos de que se fala há algum tempo.


Também não é de desprezar a influência que este título terá no mercado publicitário nacional. Os suits gostam de ler o Público - pelo menos de dizer que o lêem - e se apareceu no jornal é porque é verdade. Portanto, não será de estranhar que aconteçam conversas como esta:
- Ó Bernardo chegue lá aqui. Como é que 'tà o nosso investimento publicitário na Internet?

- Bom, nós gastamos mais em televisão...

-Ó Bernardo, não pode ser! Temos de ser mais proactivos. Fale lá com a agência e eles que arranjem p'aí umas campanhas assim fortes na Internet.

-Sim Afonso, vou já tratar disso.
ACTUALIZAÇÃO

A secção de Tecnologia do IOL adiantou mais alguns dados sobre o estudo em causa.

Alguns pontos interessantes:
"(...)inquérito a 962 jovens dos 12 aos 18 anos, assim como no acompanhamento do quotidiano de dez famílias e ainda um estudo com 77 alunos entre os 12 e os 20 anos(...)"

"Ver televisão é uma actividade importante e significativa no quotidiano, mas secundária em comparação com o uso e importância atribuída à Internet e ao telemóvel(...)"

"[que] os jovens se desdobram em outras actividades, como navegar na Internet e ouvir música (...)"

"(...) a investigadora (...) salienta a «emergência de uma cultura participativa», que se traduz no uso das redes sociais, dos blogues e partilha de vídeos e fotografias."

"Os jovens usam estes meios como forma de potenciar a sociabilidade. O uso da tecnologia não vai isolá-los(...)"

"(...)o telemóvel é apontado como a tecnologia que os jovens sentiriam mais falta, seguida da Internet e da televisão."


"(...)45 por cento disse que costuma enviar mensagens de vídeo pelo menos três vezes por semana e 20 por cento usa o telemóvel para aceder à Internet."