segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Jogos Olímpicos (post-mortem)

(Photo credit: Shaun Botterill/Getty Images)

Acabaram. Posso finalmente voltar ao fuso horário de Lisboa.

Por todo o lado se fazem balanços e análises. Aqui também, na forma de uma lista de ideias e situações. Mais tarde, a compilação das notas dos atletas Portugueses e uma análise comparativa sobre o quadro de medalhas. Então, cá vai disto:


O mais importante é participar

Polémica com piada esta sobre o país que obteve melhores resultados. Os Estados Unidos fazem as contas somando o número de medalhas, independentemente de serem de ouro, prata ou bronze. A China, o COI e o resto do mundo dão mais valor às medalhas de ouro. Os resultados de cada método são ligeiramente diferentes...

No Eurosport vi uma entrevista com o editor de desporto da Associated Press onde ele explicou que este método de escalonamento dos países pelo total de medalhas tem sido utilizado nos Estados Unidos desde sempre. Bottom line, os resultados oficiais dizem que a China foi a maior nos Jogos Olímpicos de Beijing. Isto é verdade em todo o mundo excepto naquela parte do planeta que fica ali encaixado entre o México e o Canadá.


Espírito Olímpico

Interessante o artigo do Expresso sobre o jogo de pólo aquático mais sangrento da história dos JO. Em 1956, na ressaca da invasão Soviética da Hungria, as seleccções de ambos os lados enfrentaram-se no torneio olímpico de pólo aquático. Houve porrada que ferveu.

Esta olimpíada também teve os seus momentos de batatada. O cubano Ángel Matos mostrou que merecia vencer o combate de Taekwondo para atribuíção da medalha de bronze ao acertar uma técnica perfeita na cara de um dos juízes. Deu uma linda foto de propaganda da modalidade e direito à irradiação do atleta e do seu treinador.

A arbitragem nas modalidades de combate (judo, taekwondo, boxe, luta greco-romana) foi alvo de reclamações em diversas formas e feitios. Do comentário mais ou menos discreto ao protesto formal aconteceu de tudo um pouco. O Taekwondo já vinha com má fama de Atenas e apesar das reformas anunciadas não escapou à controvérsia. Também a luta greco-romana providenciou uma imagem engraçada com o sueco Ara Abrahamian a deixar a sua medalha no chão em protesto contra as decisões dos juízes. Melhor ainda, o Tribunal Arbitral de Desporto deu-lhe razão.


Heróis do Estádio


Para a história, ficam a China, Michael Phelps, Usain Bolt e a selecção de basquetebol dos Estados Unidos. O país organizador por ocupar, pela primeira vez, o primeiro lugar no quadro de medalhas. Phelps por se ter transformado no maior papa-medalhas da história dos Jogos. Usain Bolt pelas três vitórias e outros tantos recordes do mundo nos 100, 200 e estafeta 4x100 metros. O novo Dream Team do basquete por ter recuperado ao fim de 12 anos a medalha de ouro para os Estados Unidos.