quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Algumas ideias sobre a web 2.0 (ou isto da internet pelo olhar do parolo)

Ao olhar para este mapa, feito de logos de centenas de sites da fantástica e muito falada web 2.0, não posso deixar de pensar: ninguém tem tempo para tanta sociabilidade.

Por outro lado, ao ler os blogues sobre este assunto, é frequente referirem que ainda ninguém conseguiu arranjar um modo eficaz de criar riqueza com estes programas.

Segmentação e nichos de mercado são coisas muito bonitas mas até onde se pode e deve ir? Nichos e segmentos têm de possuir uma dimensão mínima que os tornem interessantes. Não podemos chegar ao limite de existir uma aplicação de web 2.0 por pessoa, ou podemos?

Quando é que chega a web 3.0, mais simples, menos saturada e, sobretudo, menos social?

Se olharmos com honestidade para o presente, que tipo de influência é que a web 2.0 está a ter no Zé e na Maria, o cidadão médio?

Hi5 ou Facebook. Flickr. Blogger. Sites e aplicações de partilha de música e vídeo. Google Reader ou equivalente para os mais avançados. Pouco mais.

Twitter? Techorati? Digg? RSS? Ninguém conhece fora de alguns círculos de pessoal porreiro ligado às tecnologias da informação ou ao jornalismo.

Chegará por certo uma altura em que as pessoas se cansarão de partilhar fotos, vídeos, roupa interior e bibelôs, ou não?

Uma altura em que os desejos serão por coisas práticas, equipamentos mais leves e uma maior e melhor integração dos três grandes: televisão, computador (fixo e portátil) e telemóvel.

A tecnologia já existe ou anda lá perto. É tudo uma questão de a massificar. Nessa altura, a web 2.0 não passará de uma recordação da altura em que ninguém sabia muito bem o que andava a fazer.

Este é um texto provocatório, no bom sentido. Já aprendi que fazer previsões é uma actividade em que se cai facilmente no ridículo se as levarmos demasiado a sério. O objectivo é desafiar a contrapor ideias, a pensar.