quarta-feira, 23 de novembro de 2005

Imagens

O Expresso continua a desperdiçar papel. Além da tal página inútil com a qual continuo a embirrar, agora a revista também inclui uns textos a imitar o Inimigo Público. O problema é que aquilo não não faz rir. É o mal das imitações e dos humoristas comprados em lojas chinesas. Três, quatro páginas para passar por cima.


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Os mocinhos do Gato que cheira mal, em entrevista ao Diário de Notícias, disseram umas quantas verdades sobre a sua saída da SIC, sempre dentro dos limites mas pegando o touro pelos cornos. Melhor ainda, mostraram ter os pés assentes na terra - algo que eu temia que eles perdessem - ao afirmarem estar a ocupar o tempo a melhorar. Isso é bom.


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Ainda sobre o estado do humor, Pedro Tochas em entrevista a uma revista (Pública?, Notícias Magazine?), também mostra sinais de lucidez - coisa rara por estas bandas - ao analisar a onda de humoristas que apareceu recentemente, muito por culpa do "Levanta-te e Ri". Refere ele que é comum os comediantes começarem por baixo, em pequenos espectáculos por bares e clubes nocturnos antes de conseguirem sequer chegar perto da televisão. No contacto com o público aperfeiçoam técnicas, ensaiam reportório, enfim, ganham maturidade. Cá, de repente apareceu um bando de tipos vindos não se sabe de onde, malta que não perde uma festarola, e quase instantâneamente teve direito a programa de televisão e tratamento de estrela.

A má notícia é esta: Nenhum deles tem piada. Os que tinham, acomodaram-se ao sistema, deixaram-se levar pelos elogios fáceis e pronto. Nada mais a esperar dali.

O facto de passar pouco tempo no país permite ao Tochas ter a tal noção do ridículo e do que é trabalho de qualidade que passa despercebido de muita gente, por conveniência ou pura estupidez. E atira umas alfinetadas aos novos ricos do riso que os deveria pôr a pensar.