terça-feira, 2 de agosto de 2011

Recordar o Verão de 1914



"As luzes apagam-se em toda a Europa; não viveremos o suficiente para tornar a vê-las acesas."

Sir Eward Grey, Ministro britânico dos Negócios Estrangeiros, 3 de Agosto 1914


Há toda uma cronologia do horror que se desenrola durante aquele Verão fatídico.

Desde a morte do arquiduque Franz Ferdinand, herdeiro do trono Austro-Húngaro, às mãos de nacionalistas sérvios, a 28 de Junho, até à entrega do ultimato à Sérvia, a 23 de Julho, multiplicam-se contactos e intrigas que envolvem diplomatas, governantes, militares e cabeças coroadas da Europa.

O Chefe do Estado Maior, Conrad Von Hotzendorff e o Ministro dos Negócios Estrangeiros Leopold Von Berchtold acabam por conseguir impor a guerra entre a Austria-Hungria a Sérvia.

A Alemanha alinha ao lado dos seus vizinhos. A Rússia promete proteger a Sérvia. França e Inglaterra estão com a Rússia.

As ordens de mobilização sucedem-se. A 28 de Julho, um mês após os eventos de Sarajevo, a artilharia austro-húngara bombardeia a Sérvia na outra margem do Danúbio.

A 2 de Agosto tropas Alemãs ocupam o Luxemburgo e ameaçam entrar pela Bélgica no primeiro passo do Plano Schlieffen de invasão da França.